Os sinais de que uma relação amorosa não está bem, não surgem da noite para o dia, alguns casais interpretam os sinais à medida que aparecem, outros levam um tempo maior para identificar; na verdade, o tempo é irrelevante uma vez que muitos casais ignoram e sublimam as evidências de que a relação está “por um fio”.
O descuido com coisas simples que sempre foram importantes para o casal, o egoísmo cada vez mais presente…- eu vou, eu quero, eu compro, eu faço, eu gosto… eu…eu…e o outro? Ahhh…já não lembra mais do que gosta ou não.
A agressividade nas palavras, os comentários irônicos, as críticas depreciativas, as repetidas grosserias o desinteresse em compartilhar, em se fazer presente…teoricamente não tem como ignorar que esta relação está longe de ser saudável.
Essas alterações no comportamento do casal, de um ou de outro ou de ambos, são notadas pela família e pelos amigos que conhecem bem o “antes e o agora” e, embora não interfiram…percebem.
Vez ou outra alguém se manifesta para apaziguar, dar conselhos, defender um ou outro e, dependendo quem seja o mediador, pode gerar novos conflitos, além dos que já existem.
Daí surge a figura do PSICOTERAPEUTA…
Esse profissional desconhece a história do casal; essa história será construída aos poucos, a cada sessão, pelo relato do próprio casal.
O profissional não tem qualquer informação prévia de como os dois eram, enquanto casal e… como são.
Cada elemento do casal traz a forma como vê o outro individualmente e como par, e não como são vistos pelos outros.
Na Terapia de Casal não existe um elemento apaziguador, conselheiro; não há espaço para críticas ou julgamentos.
Na Terapia de Casal não há convencimento de que, enquanto casal, precisam buscar a harmonia a dois pelos filhos, pelo patrimônio, pela família, pelos bens ou…pelo que os “outros possam falar”.
Na Terapia de Casal um dos objetivos é a descoberta de alguns estereótipos, entre eles o do “par perfeito.”
Compreender que um casal é formado por humanos que pouco se conhecem e mal conhecem a si próprios e, provavelmente, carregam em suas histórias muitas crenças distorcidas, as quais igualmente desconhecem.
Quando uma relação está em crise é natural que ambos se isentem da responsabilidade pelo fracasso.
A atitude de conhecer a si mesmo (Autoconhecimento) é um facilitador para que cada um desenvolva a capacidade de encontrar seu lugar “na relação”.
O Autoconhecimento poderá lhe mostrar que é possível uma avaliação de si mesmo, sem qualquer rigidez, do quanto pode ter negligenciado ou supervalorizado algumas situações, apoiado em falsas convicções como: “todo casal pra ser perfeito tem que agir assim, falar assim, comportar-se assim, fazer assim…do contrário, terá que se conformar com duas possíveis decisões: Continuar na relação fingindo que “está tudo bem ou a separação.
Não, não é verdade.
Numa Terapia de Casal não tem uma receita pronta; no entanto, existem infinitas possibilidades.