À medida que desenvolvemos a faculdade de assimilar conhecimento através da linguagem, da memória, da atenção, de associações cognitivas pelo que nos é transmitido pelos adultos, como…a faca corta, o fogo queima, a chuva molha e ainda um “bicho-papão” que pega…ou um barulho forte que vem do céu, quando “papai-do-céu” está zangado com você… daí um trovão passa a ter mais mistérios que qualquer fenômeno da natureza.
Esses medos passam a fazer parte do universo infantil e, à medida que a criança evolui psiquicamente, ela cria mecanismos de defesa para se proteger, ainda que não saiba do quê.
É questionável o conceito da “educação ideal” uma vez que esteja condicionada muito mais à avaliação de quem foi educado do que de quem educou. Observamos numa família de três, quatro filhos que, embora criados e educados pela mesma mãe, são capazes de descrever esse mesma mãe de formas tão diferentes que poderíamos até afirmar não estarem falando da mesma pessoa…o olhar de cada um é diferente, a absorção da educação é ímpar.
Mas, como saber se você interpretou os cuidados, carinho e assistência da infância de forma positiva, ou não?
Como saber se você, hoje adulto, continua de forma inconsciente, recorrendo aos mesmos mecanismos que utilizava na infância, para se proteger de uma ameaça que só você conhecia?
Certamente você desconhece essa resposta.
Admitamos que não seja uma reflexão simples, daquelas que a gente faz sozinho, porque ela depende do conhecimento que temos de nós mesmos e, você há de concordar que não é uma tarefa nada fácil…né?
Não há outro caminho para o autoconhecimento que não seja através de um processo psicoterapêutico, somente através dele é possível descobrir quem sou eu e o porquê faço tudo o que faço e também porque não faço.
A Psicoterapia não se utiliza de poderes mágicos ou premonitórios.
Todo o trabalho depende de você…do mergulho na sua história, do desejo genuíno de se conhecer.
Você também concorda que todos devemos fazer Terapia?