Artigo Psicóloga Angela Corrêa

QUANDO O ASSUNTO É…CASAMENTO!

Quando um casal decide se casar, não importa o tipo de celebração que desejam realizar (luxuosa, simples, cartório ou…morar junto).

Depois da tomada de decisão, planejam a data, orçamento para a festa, fotos, lua-de-mel ou…onde vamos morar, na minha ou na sua casa?

Pois é…todos esses fatores combinados podem contribuir para a alegria e beleza da nova união porém, não rara as vezes, são ignorados outros que podem ser decisivos para o sucesso ou fracasso dessa união.

Excetuando-se pouquíssimos casos, cada elemento do casal tem uma família de origem…mãe, pai, irmãos e torna-se cada vez mais importante para ambos, observarem o tipo de relação que cada um tem com esses membros da família, de preferência os pais e mais particularmente a mãe que, ao se tornar sogra, transforma-se na figura historicamente estereotipada.

É mais comum do que possa parecer que, nesse contexto social, alguns sinais de conflito sejam registrados precocemente (antes do casamento), daí a importância de tratar o assunto de forma igualmente precoce.

O tipo de relacionamento que um e outro tenha com suas mães, poderá definir a qualidade de vida do casal que planeja construir uma nova família com a bagagem que trouxeram das suas famílias: crenças, valores, afetos…

No modelo da relação materna, acompanhada ao longo da vida, estará a definição dos papéis genro/nora.

A atitude aparentemente simples de comunicar a decisão (casar/morar junto) do casal, pode provocar nas respectivas mães, as mais surpreendentes emoções que vão da alegria ao desconforto, dependendo da expectativa pessoal que cada uma tenha em relação ao futuro dos seus filhos; dependendo do nível de respeito à escolhas desses filhos, ainda que absolutamente diferentes das suas.

O grau de dependência que o casal tenha com sua família de origem, poderá ser determinante e/ou facilitador da maturidade que a decisão exige de cada um do casal… afinal, “casamento é coisa de gente grande”.

Não importa se dependência emocional ou financeira, pois exigirá do filho um enorme esforço que, dependendo da qualidade do vínculo, irá precisar de ajuda profissional.

Portanto, se você está num relacionamento estável e planeja construir novos laços familiares, talvez seja importante observar se alguns desses sinais já se fizeram presentes na sua relação.

Lembre-se que, nesses casos, não é nada saudável minimizar a situação: – Ah…isso é normal…depois que a gente casar, melhora!

Lamento informar que o prognóstico não é tão positivo assim…e, o melhor a fazer é procurar uma orientação psicológica e incluir a terapia no seu planejamento nupcial para, mais seguro e consciente poder dizer “sim” sem prazo de validade.

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