Artigo Psicóloga Angela Corrêa

SER SÓ…ESTAR SÓ…OU SENTIR-SE SÓ? A DIFERENÇA DE CADA SOLIDÃO.

Quando alguém é só, por livre escolha, raramente descreve seu viver como solitário, mas sim como independente, livre para decidir, planejar, resolver, acertar e errar… só! sem interferências…

Em geral essas pessoas são jovens, gostam de ser só, mas quando querem dividir com alguém, sempre sabem como fazer, talvez porque disponham de mais ferramentas.

O estar só é uma condição temporal e, portanto, dispensa maiores citações. Alguém está só por algumas horas, dias, meses ou ano, mas convive com a possibilidade de a qualquer momento deixar de estar e, em geral, tal experiência não incomoda.

Diferentemente dessas ou daquelas, há pessoas em que o ser só representa uma condição imposta por diferentes circunstâncias existenciais, onde descrevem uma vida vazia, pobre de emoções saudáveis a maioria já não é tão jovem e costuma responsabilizar o tempo por ter lhe roubado além da vitalidade física, a jovialidade da alma.

Essas pessoas se queixam de uma profunda carência afetiva e dizem já não mais suportarem o próprio eco.

Para alguns teóricos o ser só é condição original de todo ser humano.

Mas, quando o ser só representa uma vivência sem opção, gera um estado tão emocional quanto a tristeza, a decepção ou o medo… o sujeito não se percebe apenas como alguém que é só ou está só ele…sente-se só experimentando um terrível sentimento de rejeição.

Importante observar que a sensação de sentir-se só, independe da condição real de se estar ou não acompanhado.

Quem já não soube de alguém que mesmo estando junto de uma ou muitas pessoas, sentiu-se só… perdido…abandonado?

Por que isso acontece?

Porque a solidão do sentir-se só, tem uma carga muito mais emocional do que a realidade permite.

Porque cada um é responsável por sua própria solidão, mas… reconhecer não é nada fácil.

Mas… uma orientação profissional (psicólogo), é possível reconhecer a si próprio e entender o quanto a solidão esconde uma extrema incapacidade de relacionar-se com o outro e consigo mesmo.

A solidão do sentir-se só é uma das mais desestabilizante sensações humanas, precisa ser cuidadosamente assistida.

Através de uma psicoterapia, a pessoa aprende a resignificar a vida, reavaliar conceitos e preconceitos, minimizar suas próprias queixas, rever valores e sentir que a solidão não precisa ser um estado permanente de abandono.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× MARCAR CONSULTA?